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Vigilância confirma 2º caso de leishmaniose.

Uma criança com 20 meses de idade contraiu leishmaniose visceral, doença transmitida pelo mosquito palha, em Presidente Prudente, no interior de São Paulo. O paciente está internado desde o dia 6, em um hospital da cidade. O caso, o segundo registrado no município neste ano, foi confirmado nesta segunda-feira (13), pela Vigilância Epidemiológica Municipal. O anterior tinha sido confirmado em maio. Em todo o ano passado, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, 115 pessoas contraíram a doença no Estado e nove casos resultaram em óbito.

A região da cidade onde a criança se contaminou é alvo de ação de bloqueio contra a doença. Veículos da prefeitura percorriam as ruas nesta terça-feira (14), recolhendo material em decomposição nos quintais que servem de abrigo para o mosquito transmissor. Os moradores estão sendo orientados a fazer a poda das árvores, já que o inseto se reproduz em matéria orgânica sombreada no solo, e a permitir a entrada do agente de saúde para inspeção e aplicação de inseticida. Donos de imóveis que não seguirem as recomendações ou vetarem o ingresso do agente podem ser multados em R$ 1.038.

A doença é causada por protozoários transmitidos pelo mosquito durante a picada. Se não controlada no início, a leishmaniose pode causar inchaço do fígado e do baço, afetando o sistema hematológico. O protozoário pode atingir a medula óssea e, se não tratada, a doença leva à morte em 90% dos casos. Os cães entram no processo de transmissão, pois, quando picados pelo mosquito, desenvolvem a doença e passam adiante. Como vivem próximos do homem, acabam sendo importantes agentes de transmissão nos locais em que há presença do mosquito.

Até o fim de agosto, cerca de 200 casos caninos da doença foram notificados no município. Não há vacina para prevenir a leishmaniose em humanos. O tratamento é feito com medicamentos.

De acordo com a Secretaria, a incidência em humanos vem diminuindo no Estado. Foram 141 casos e 12 óbitos em 2014, caindo para 125 casos e 10 mortes em 2015. A incidência se restringe às regiões oeste e centro-oeste do Estado, além da Baixada Santista.

Fonte: R7